A organização de congressos, centrais e sindicatos operários, a realização de greves e a participação em movimentos cívicos mais amplos contribuíram para o desenvolvimento de uma cultura dos direitos entre os trabalhadores.
Suas confrontações e negociações com o empresariado trouxeram à tona a chamada questão social, que de início teve como resposta a mais dura repressão.
Pouco a pouco, porém, o Estado brasileiro ampliou seu papel na regulamentação das relações de trabalho e na proteção dos direitos individuais e coletivos dos trabalhadores.
De toda forma, o caminho da conquista da cidadania tem sido difícil e acidentado. A violência marcou as relações de trabalho no país desde as origens, com a escravização de indígenas e africanos.
Foi na resistência destes que começou a se forjar a classe trabalhadora brasileira.
Ainda assim, o desrespeito aos direitos humanos no âmbito do trabalho tem se mostrado extremamente persistente, mesmo quando combatido com destemor por militantes e agentes públicos.
A consolidação de relações democráticas de trabalho, cujas bases foram lançadas nas últimas décadas, é vital para o enfrentamento das desigualdades e para a superação dos impasses nas definições sobre o futuro do mundo do trabalho e do próprio país.