Os ciclos de nossa economia conferiram características particulares às diferentes regiões do país nos diferentes momentos históricos, produzindo um complexo leque de categorias profissionais com variados graus de especialização.
Nas atividades extrativas e agropecuárias, o trabalho integrou-se à nossa diversidade natural, transformando – de maneira geralmente conflituosa e não raro devastadora – a própria feição do território nacional.
As mãos dos trabalhadores construíram pedaço a pedaço as obras públicas, as redes de transporte, de energia, de comunicação, e deram vida às atividades financeiras e comerciais, permitindo ao país funcionar como um sistema econômico e social integrado.
No nosso complexo e desigual desenvolvimento industrial, combinam-se a expansão dos mercados, a evolução tecnológica, mas também os saberes artesanais.
O esforço e o suor de milhões, nas atividades formais e informais, no setor público e privado, no campo e na cidade, movem a economia e a sociedade brasileira.
Construtores do país, trabalhadores e trabalhadoras enfrentam na sua labuta diária duras condições de trabalho, desigualdade e preconceito.
Essa situação é muitas vezes agravada pelo tratamento diferenciado, baseado em critérios de origem étnica ou gênero, e pela exploração do trabalho infantil.
Mas é também nos locais e nas experiências do trabalho que se criam e recriam os laços que forjam a identidade e a força da classe trabalhadora.